terça-feira, dezembro 05, 2006

Relatos de sonhos (II)

Na noite do dia 30 de setembro deste ano, fui astronauta da NASA, tratavam-me por Valentovska, devia ser esse o meu nome, devia ser Russo. Sei exactamente o que sonhei nessa noite como em todas as outras. Estava envolvido numa missão especial a Marte para estudar os constituintes minerais do Planeta, descobrimos após 3 meses de missão que em Marte tinha havido vida há muitos séculos e isso deu-me a certeza que podia haver vida em outros planetas, eu adoro ficção ciêntífica Diogo!! Tu sabes disso! Imagina a minha satisfação ao acordar com esta certeza...

Na noite do dia em que conheci a tua mãe, pela primeira vez levei alguém comigo nos sonhos, nessa noite fui parceiro de dança durante largas horas num casamento qualquer, a tua mãe estava um espanto, fiquei sem fôlego durante um sonho e acredita quando te digo que isso é raro. Acordei nesse dia com a certeza que tinha que falar com ela, passar a conhecê-la melhor... Não acreditarás quando te contar que a tua mãe nessa noite sonhou que era bailarina, não se lembrava com quem tinha dançado mas lembrava-se da voz do seu companheiro da dança.

Quando no dia em que nos casámos a tua mãe me disse que essa voz era a minha e que só não me tinha dito para não me estragar a supresa, eu tive duas certezas, aquela não só era a mulher da minha vida como tinha sido ela que se tinha feito a mim e não o contrário.

O casamento em que eu dançava com a tua mãe no sonho, era de facto o nosso... Soube-o no dia em que me casei. Soube-o assim que aquela sensação de dejá vu me invadiu a meio da primeira dança”

Esta foi uma história narrada na primeira pessoa, este foi o texto que Diogo Valente deixou na campa do seu pai ... Juntamente com outro papel que escrevia...

“ De todas as histórias que tu me contaste, estas são algumas das que guiam a minha vida, e acho que nunca te contei pai que todos os dias me lembro do que sonho...


Hoje sonhei contigo. Felizes 80 anos!”

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Manhãs

Manhã deprimida, reprimida
Aos jeitos de certa tormenta
Vai pelos rios levando
Notícias de uma certa contenda

Montanha íngreme, a da vida
Se é certos que nos sentimos Atraídos pelo futuro
Mais certo será
Vivemos num incerto passado

Amarras puxam o vento
Bem-vinda a nostalgia
Provável venda de sonhos

Que nos farão
Pensar
Amar
Chocar
Parar
e
Matar.
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sábado, dezembro 02, 2006

Relatos de sonhos (I)

Esta é uma história narrada na primeira pessoa.
Esta é a história de Pedro Valente, senhor já de respeitosa idade e entusiasmante contador de histórias e sonhos.
Esta é a história de Pedro Valente, pai de Diogo Valente.

“Deste muito novo que me lembro de todos os meus sonhos, e isto é a única coisa que dou por certo em toda a minha vida.
Deito-me todos os dias, com a certeza que ao acordar terei motivo para milhares de conversas...O bom de tudo isto? Raramente tenho pesadelos e acordo sempre com a sensação que ando a viver duas vidas, uma enquanto estou acordado, outra enquanto sonho.

Acordado fui professor de educação física numa escola durante mais de 30 anos, nunca ganhei muito dinheiro, nem precisava, adorava aquilo que fazia.

Nos sonhos fui muitas pessoas diferentes:

Quando era um miúdo, numa noite em que adormeci no hospital com uma perna partida, tive o primeiro sonho de que me lembro, era jogador de futebol e jogava ao lado das glórias nacionais daquele tempo, fiz uma quase inteira carreira de profissional até ter que abandonar o futebol com um problema em uma das pernas. Felizmente apareceu um dirigente de um clube e com ele um convite para trabalhar como professor no seu clube, aceitei...e adorei...
Quando acordei nesse dia olhei para o gesso na minha perna e soube que ia ser professor.

Na noite do dia 1 de Julho do ano passado, fui condutor de ralys nos anos 90, guiava um subaru azul e acho que o meu nome era... Valenka!! É isso!! Qualquer coisa Valenka era o meu nome, e era Polaco. Sei que em 6 horas de sono fiz uma época inteira de ralys e ganhei duas provas, a do Mónaco e a da Austrália. Quem me dera poder dizer-te a ti Diogo o que é vencer uma corrida daquelas. Quem sabe um dia saberás..."

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