quinta-feira, novembro 09, 2006

Política (I)

Ás doze horas do dia da graça do senhor 31 de Fevereiro, nascia em leito de pura finura aquele que viria a ser o melhor presidente da câmara municipal de lisboa da rua dele. Quando ascendeu ao cargo, Sua Excelência era bajulado por todos o que o rodeavam e que lhe previam um grande futuro à sua frente e a morte politica nas suas costas.

Ganhou as eleições depois de ter sido descoberto que o incumbente gostava de desviar uns fundos para uma ilha tropical no Pacifico Sul. Um dia estava num comício, adorado por milhares de marionetas humanas, quando, no meio de uma multidão em horda, vê uns olhos mais brilhantes que safiras no meio da lama: Eram os olhos mais lindos que já tinha visto, os da sua filha. E naquele momento, soube-lhe especialmente bem vê-los. De repente vê dois homens encapuçados a correrem em direcção ao seu tesouro mais precioso e a retirarem-lhe toda a esperança de viver.

Percebeu o que tinha acontecido, mas tentou continuar…as palavras não lhe chegavam à boca. Desceu do palco improvisado em palanques de madeira e correu…correu até a policia o impedir de ir mais além.

Era um rapto político, pensou.

E não sabia como estava enganado.

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